horizonte sem limites
nas margens desta ribeira nascem poejos...
hoje não há queijos
talvez
para a próxima vez
a planície
como se fosse o olhar
pela serra d'ossa
à vila do alandroal
terras de endovélico
divindade da idade do ferro
pré-latina
deus da medicina
terras de homens curandeiros
cristianização de antigos sitios pré-históricos
castelo de terena
largo do castelo velho
como dói
o vazio das ruas
sombras do passado
por esta gateira não passam mais gatos
ao fim da tarde
o olhar chega mais longe
perde-se o olhar
de tanto olhar
a noite vem
de mansinho
embrulhada
em xaile de frio
fininho